terça-feira, junho 17, 2008

SIMULTANEIDADE

- Eu amo o mundo!
Eu detesto o mundo!
Eu creio em Deus!
Deus é um absurdo!
Eu vou me matar!
Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta.






Mario Quintana

LÁ VIVE UM DESCONHECIDO DE MILANOS EXTEMPORÂNEOS


o perigo cortante da perseguição
iminente em cada quebra de rua
as paredes cercam coisas as plantas
estão verdes demais
o asfalto limpo não é confiável
humanos Quem são

o céu que vejo agride viola
o corpo Vende-o
em porções secas
olhos os todos os lados
vejos as todas as brechas
não haverá lugar seguro
nem vontade de habitar


Rafahel Jean Parintins