sábado, agosto 27, 2011

SAUDADE DE TE POSSUIR


De repente...
Uma saudade louca chega penetrando todo meu ser.
Saudade da tua língua quente e do teu sussurro ofegante,
Saudade de estar nua ancorada em teu porto seguro.
O desejo dilata meus poros, a temperatura aumenta.
Na mente pensamentos loucos,
Vontades “indecentes” traem a libido do meu senso.
A vontade de te ter é um tormento...
Você tão perto e eu tão distante do teu sexo.
Sinto saudade de  tirar tua roupa
Invadir teu corpo sem pudor
E matar minha sede de loba, 
Sem frescuras ser tua lady e tua louca.
Saudade, vontade, ansiedade...
De navegar com minha boca em teu corpo nu
Degustando teu gosto,
Provando o sal de tua pele que tempera meu paladar.
Saudade de me inebriar com tua fragrância
Respirando esse teu cheiro de pecado.
Aroma que enfeitiça os sentidos
Remetendo-me a essa saudade imensa
Vontade de te domar com minha fúria louca...
Até sentir te esvaziares quente e ardente dentro de mim.
Saudade de te possuir.


Socorro Carvalho




DEUS MORA LÁ NA NOSSA RUA


Há mais de 50 anos, o educador Paulo Freire propôs um método de alfabetização e educação de adultos que partia da vizinhança.

Quando dona Cora Coralina, a nossa grande poetisa da vida cotidiana, sugeriu ao presidente da República, que instituísse "O Dia nacional do Vizinho", em nenhum lugar, havia ainda esta iniciativa. Atualmente, existe o "Dia europeu da Vizinhança", celebrado no final de maio. A Argentina festeja o seu "Dia de los vecinos" no 11 de junho. O Brasil consagra como Dia dos Vizinhos o 20 de agosto, data do aniversário natalício da inesquecível dona Cora.

Esta valorização da vizinhança se torna mais importante, em cidades maiores, nas quais edifícios substituem casas. Ali, embora, frequentemente, as pessoas se encontrem no mesmo elevador, muitas vezes, não se conhecem. Não é o mero fato de morar no apartamento ou na casa ao lado, que torna alguém vizinho. A pessoa pode viver durante anos em um lugar, se queixando da agitação, do calor, da poeira ou da insegurança. Outros têm plena consciência destes problemas e lutam para vencê-los, mas, assim mesmo, casam com a rua ou praça onde moram. Quando pessoas da mesma rua ou do mesmo condomínio pressentem em outras, esta relação vital com o lugar em que moram, aí se fortalece uma proximidade de convivência que é a vizinhança. Para ser bem vivida, esta precisa de uma educação para o diálogo e a convivência entre diferentes. Cora Coralina dizia: "Vizinho é mais do que parente, porque é o primeiro a saber das coisas que acontecem na vida da gente".

Em tempos anteriores à televisão e aos shoppings, nas cidades do interior, ou em bairros residenciais, toda noite, as pessoas costumavam sentar à porta de casa, para conversar e conviver. Normalmente, a roda de conversa acabava se abrindo também aos vizinhos e vizinhas. Assim, se formavam verdadeiras rodas de discussão, com assuntos como educação de filhos, relacionamentos conjugais e futebol. Hoje, a televisão e a cultura do shopping substituíram estes ritos de convivência, mas não resolvem o problema da solidão dos mais velhos e da futilidade de quem olha o mundo apenas pela janela do consumo descartável.

Há mais de 50 anos, o educador Paulo Freire propôs um método de alfabetização e educação de adultos que partia da vizinhança. Formava círculos de diálogo e cultura entre vizinhos. Ali, as pessoas aprendiam a expressar sua posição sobre a vida e os problemas que enfrentavam. Mesmo perseguido pela ditadura militar, este método de conscientização se espalhou pelo Brasil, por outros países da América Latina e até em Angola e Cabo Verde, na África.

Na mesma linha, na segunda metade dos anos 60, em várias regiões do Brasil, homens e mulheres de fé cristã, começaram a se reunir como vizinhos, para orar, ouvir juntos um texto bíblico, conversar sobre problemas da vida e fortalecer a solidariedade mútua. Foi o começo das comunidades eclesiais de base. Mais tarde, várias Igrejas evangélicas organizaram grupos semelhantes, como "Igreja em células" e "Igreja em quadros", comunidades de convivência e proximidade, instrumentos de comunhão entre as pessoas.

Há mil razões para se valorizar a prática da vizinhança. Quem crê em Deus como Luz e fonte de vida, o contempla, não como alguém exterior a nós e que de fora intervém neste mundo, mas como presença íntima e profunda, no coração de toda pessoa humana, especialmente de quem se abre ao amor, independentemente de sua pertença religiosa. Um teólogo evangélico dizia: "Deus está em mim para você e em você para mim. Eu o encontro em você e, se quiser, você pode encontrá-lo em mim". Por isso, podemos olhar nossos vizinhos e vizinhas, como sinais da presença divina. Eles são humanos e têm seus defeitos e limitações, mas se os olharmos assim, pouco a pouco, se transformarão, principalmente se perceberem que, de fato, cremos: através deles e no mais íntimo de cada um/uma, Deus mora lá na nossa rua.

                                      * Marcelo Barros é monge beneditino, escritor e teólogo.

                                                                           Fonte: Brasil de Fato 


DUPLA DA RÁDIO WEB ÁGUA DE VOLTA AO SUL DO PAÍS

Robson Carvalho - Relações Pública da  Rádio Web Água e Carolina Martinez - Jornalista -  viagem à  Vila de Arapixuna

Hoje, as 15h  é o voo da Gol que vai levar de volta o casal integrante da Rádio Web Água de Foz do Iguaçu - PR.


Depois de 06 dias acompanhando a Equipe Técnica e os trabalhos de produção e execução do Rádio pela Educação, a dupla está de volta pra casa. Na bagagem muito aprendizado e histórias para contar. De acordo com os relatos levam uma imagem maravilhosa de Santarém e de nós, habitantes dessa terra linda.


O encanto maior foi ver o Rio Tapajós e o Amazonas. No entanto, a maior curiosidade despertada foi em saber como se consegue essa relação tão boa entre rádio e comunidade.


A receptividade das pessoas e o carisma santareno deixaram a dupla de sulistas  muito a vontade. Provaram diversos sabores, visitaram comunidades, escolas e pontos turísticos da cidade.


Carol e Robson são duas pessoas simples e de um senso de humor muito legal. Certamente estão levando boas experiências e lembranças dos dias que estiveram em nossa linda e maravilhosa Santarém.


Oxalá que esse encontro entre Rádio Web Água e Rádio pela Educação seja o promissor de muitos trabalhos positivos e um forte intercâmbio traçado entre Norte e Sul.

Socorro Carvalho

A chegada em Vila de Arapixuna

O bate com o professor Manoel Delfim -  diretor da escola Sant' Ana de Arapixuna

Um clique para aproveitar a paisagem linda da Amazônia

Cesar Sousa - coordenador de Articulação Externa do Rádio pela Educação acompanhou Robson e Carol em todas as viagens e visitas.

A descendo a ladeira para esperar a embarcação de volta a Santarém 

Rosbon encantando com as águas...E , ao fundo, Carol se divertindo com a aventura...

CNBB E CÁRITAS LANÇAM CAMPANHA SOS ÁFRICA


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira deram início à Campanha SOS África de ajuda às vítimas da seca na região nordeste do continente, conhecida como Chifre da África (Somália, Uganda, Etiópia, Quênia, Djibuti e Eritréia).

A região, principalmente a Somália, passa pela seca mais intensa dos últimos 60 anos. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), cerca de 12 milhões de pessoas estão sentindo os efeitos da fome na região.

Ainda segundo os dados, o Chifre da África vem sofrendo nos últimos meses, além da seca, com a fome, conflitos e a alta dos preços dos alimentos. A crise na Somália já matou 30 mil crianças de fome.

Cerca de 400 mil refugiados somalis, quase 5% de toda a população do país, encontram-se acampados em Mogadíscio e áreas ao redor. Aproximadamente 100 mil pessoas chegaram somente em junho e julho, segundo a ONU.

Um novo relatório da Organização Católica para a Solidariedade e ajuda humanitária sublinha que "a cada 11 semanas", dez por cento das crianças somalis com menos de cinco anos "perde a vida".

O ‘Situation report' da Cáritas Somália, enviado à agência Fides, do Vaticano confirmou que "as estruturas de saúde da Somália estão a tentar enfrentar a chegada maciça de deslocados internos que estão a lotar os centros urbanos em busca de assistência".
Para reverter essa situação, você pode contribuir com campanha da CNBB e Cáritas, em favor das vítimas no Chifre da África, através de doações de qualquer valor.

Banco do Brasil: AG. 3475-4, C/C 26.116-5
Caixa Econômica Federal: AG. 1041, OP. 003, C/C 1751-6
Banco Bradesco: AG. 0606-8, C/C 187587-6
*para DOC e TED o CNPJ é: 33.654.419/0001-16


Fonte: CNBB