sexta-feira, março 01, 2013

MUITO FELIZ POR VOCÊ PEDRO, MEU FILHO QUERIDO


Bom dia!! Hoje é um dia muito especial e apesar de todas as dificuldades e tristezas que tenho vivido profissionalmente, nos últimos dias, estou radiante de felicidade pelo momento que estou vivendo!!Felicidade de ver meu filho crescido e saudável diante de meus olhos. Obrigado Senhor! Obrigado por ter me proporcionado a alegria de ser mãe do Pedro. Em Suas mãos coloco a minha vida , a vida do meu filho e cada instante do nosso viver e só tenho a agradecer por tudo. 


Hoje,  meu filho passa a integrar o grupamento militar do 8º Batalhão de Engenharia e Construção – BEC e certamente, aos meus olhos, já  é o soldado mais lindo daquele batalhão. É maravilhoso ver meu filho sorrindo contente cheio de empolgação acordando cedinho para ir ao encontro desse compromisso que  tanto esperou em assumir, já desde muito criança.


De repente,  todas as angústias dão lugar a esse momento e eu nem sei como expressar. Já chorei, já rezei e agradeci  a Deus , pois sei que tudo depende dEle. 


Daqui a pouco estarei lá no quartel para entregar meu filho a sua nova missão e sei que muita emoção vai tomar conta do meu coração. Esse coração de mãe, coruja assumida, que vê no filho a mais linda e perfeita inspiração de Deus. Estou muito feliz e partilho essa felicidade com aquelas pessoas que sempre torceram por nós. Meu filho é meu grande tesouro, o poema mais lindo que Deus me inspirou. 


Obrigado meu Deus mais uma vez pela dádiva da maternidade pelo fruto maravilhoso que semeou em meu ventre. Estou muito feliz e emocionada... Obrigado Senhor!!!


E mais uma vez entrego em Suas mãos todos os nossos caminhos e cada instante da nossa existência. Pois sem Sua presença seria impossível segurar diante de tantas provações e desafios. Partilho esse momento com minha família, muito especialmente com minha mãe dona Raimunda Carvalho, meus irmãos  João Batista, José Miguel, Pedro Paulo e Francisco Wilson; minhas  irmãs  Augusta Carvalho e Concy Mota; meu cunhados  Jorge Mota e Erisvaldo Silva;, minhas cunhadas    Elissandra Santos, Dulce Gomes, Eliane Nascimento; minhas comadres Sirlene Galvão e Armandina Pereira; meu compadre Auricèlio Paulino; meus  sobrinhos  e sobrinhas. 


Partilho ainda esse momento com minhas  filhas Daniele Katrinne e Aline Jamille; meu filho Felipe Lima.


Partilho de forma muito especial também com  minhas amigas Lígia Santana, Rosângela Franco, Rô Almada, Zelma Almada, Rosa Rodrigues, Joelma Viana,  Raquel Costa, Angélica Caldeiras, Francisco e Marlens Feitosa e família, Diana Paula de Jesus, Aluízio Tavares,  pessoas essas que sempre acompanharam com muito respeito, sinceridade e  admiração  a minha História,  e acima de tudo são pessoas que sempre demonstraram  grande amor e  carinho pelo meu filho.

Lá no céu,  partilho esse momento com meu querido pai Pedro Rocha e meu casal de vizinhos  dona Mary e seu Sá que certamente estão muito orgulhosos pelo nosso menino.


Enfim,  estou muito feliz e também orgulhosa por ter conseguido conduzir meu filho, ao longo desse tempo,  com  dignidade sempre mostrando a ele que o amor e a humildade são fundamentais para que possamos construir boas amizades , o tesouro mais precioso que podemos conquistar nesse mundo de tantas ganâncias.


Meu filho é o presente mais lindo que ganhei de Deus. Não nasceu por acaso, mas veio de um  grande amor que um dia em meu peito nasceu. Não me arrependo de nada do que fiz e nem tão pouco de ter me permitido SER mãe. Obrigado meu Deus ao Senhor dedico esse momento grande de felicidade que de tão grande transborda em lágrimas de dentro do meu peito!! 

Partilho também com  VOCÊ por ter colocado em meu filho sua essência e ter deixado junto de mim um pedaço vivo de você.

_ Filho querido você é o Grande Amor da minha vida e a minha mais especial e sublime inspiração de amor... TE AMO... INFINITAMENTE!!


Desta mulher a qual você vive repetindo ser a melhor mãe do mundo. Você também filho querido é o melhor filho do universo e o maior bem que guardo no coração.



Deus lhe abençoe, filho lindo!!


Beijos em seu coração

Socorro Carvalho





MEU AMOR



Oh! se eu pudesse respirar num beijo
O teu hálito ardente e vaporoso.
E na febre do amor e do delírio
Sobre o teu seio estremecer de gozo!
Oh! se eu pudesse nessa fronte bela
A coroa depor dos meus amores,
E embevecer-me como em sonho aéreo
De teus olhos nos mágicos fulgores.
Ai! respirara então ainda uma vida.
Oh pálida visão!
Nessa flor que os sentidos embriaga
E aroma o coração!
Vem; dá-me o teu amor; careço dele
como do sol a flor,
Reanima a cinza de meu peito morto,
Ai! dá-me o teu amor!


Machado de Assis

A HORA ÍNTIMA


Quem pagará o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?
Quem, dentre amigos, tão amigo
Para estar no caixão comigo?
Quem, em meio ao funeral
Dirá de mim: - Nunca fez mal...
Quem, bêbedo, chorará em voz alta
De não me ter trazido nada?
Quem virá despetalar pétalas
No meu túmulo de poeta?
Quem jogará timidamente
Na terra um grão de semente?
Quem elevará o olhar covarde
Até a estrela da tarde?
Quem me dirá palavras mágicas
Capazes de empalidecer o mármore?
Quem, oculta em véus escuros
Se crucificará nos muros?
Quem, macerada de desgosto
Sorrirá: - Rei morto, rei posto...
Quantas, debruçadas sobre o báratro
Sentirão as dores do parto?
Qual a que, branca de receio
Tocará o botão do seio?
Quem, louca, se jogará de bruços
A soluçar tantos soluços
Que há de despertar receios?
Quantos, os maxilares contraídos
O sangue a pulsar nas cicatrizes
Dirão: - Foi um doido amigo...
Quem, criança, olhando a terra
Ao ver movimentar-se um verme
Observará um ar de critério?
Quem, em circunstância oficial
Há de propor meu pedestal?
Quais os que, vindos da montanha
Terão circunspecção tamanha
Que eu hei de rir branco de cal?
Qual a que, o rosto sulcado de vento
Lançará um punhado de sal
Na minha cova de cimento?
Quem cantará canções de amigo
No dia do meu funeral?
Qual a que não estará presente
Por motivo circunstancial?
Quem cravará no seio duro
Uma lâmina enferrujada?
Quem, em seu verbo inconsútil
Há de orar: - Deus o tenha em sua guarda.
Qual o amigo que a sós consigo
Pensará: - Não há de ser nada...
Quem será a estranha figura
A um tronco de árvore encostada
Com um olhar frio e um ar de dúvida?
Quem se abraçará comigo
Que terá de ser arrancada?

Quem vai pagar o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?

Vinicius de Moraes
Rio de Janeiro, 1950.