terça-feira, outubro 08, 2013

AMAR NÃO É PARA TODOS

Tem gente que ainda não aprendeu como se faz

O filósofo e escritor francês Albert Camus disse uma vez que o único tema filosófico que valia a pena era o suicídio. Às vezes, por outras razões, me ocorre que o único tema relevante sobre os relacionamentos cabe numa única pergunta: você é capaz de amar alguém que retribua os seus sentimentos?


A resposta automática a essa pergunta, em quase 100% dos casos, é afirmativa. “Claro que sim”. Mas, espere um pouco. Aproveite o momento solitário em frente desta tela e considere, sem risco de ser descoberto: você já gostou de alguém a ponto de deixar algo de lado por ele ou por ela? Já se percebeu duradouramente conectado a outro ser humano, de forma que ele deixasse de ser um estranho? Já sentiu que vida de alguém o preocupava – e o atingia - quase como se fosse a sua própria vida?


Quem consegue dizer sim a isso tudo e não está numa relação imaginária – ou platônica – com a pessoa do andar de cima, parabéns. Ao contrário do que diz a lenda, esse negócio de amor não é para todo mundo.


Se houvesse um teste emocional capaz de medir nossas emoções, acredito que ele mostraria que boa parte da humanidade não consegue estabelecer relações românticas profundas e duradouras.


Penso no sentimento geral de que é bom estar na companhia da sua pessoa, em vez de estar com qualquer outra. Penso em passar um dia, uma semana, um mês, sem cogitar em cair fora. Imagino um período, qualquer que ele seja, sem que os sentimentos e as sensações se voltem para fora da relação, em busca de horizontes que não estão lá. Quando eu falo em amor, penso em satisfação, ainda que temporária.

E EIS...

E eis que em breve nos separaremos
E a verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia
Eu agora sei, eu sou só
Eu e minha liberdade que não sei usar
Mas, eu assumo a minha solidão
Sou só, e tenho que viver uma certa glória íntima e silenciosa
Guardo teu nome em segredo
Preciso de segredos para viver
E eis que depois de uma tarde de quem sou eu
E de acordar a uma hora da madrugada em desespero
Eis que as três horas da madrugada, acordei e me encontrei
Fui ao encontro de mim, calma, alegre, plenitude sem fulminação
Simplesmente eu sou eu, e você é você
É lindo, é vasto, vai durar
Eu não sei muito bem o que vou fazer em seguida
Mas, por enquanto, olha pra mim e me ama
Não, tu olhas pra ti e te amas
É o que está certo
Eu sou antes, eu sou quase, eu sou nunca
E tudo isso ganhei ao deixar de te amar
Escuta! Eu te deixo ser… Deixa-me ser!




Clarice Lispector

COMUNIDADES TRADICIONAIS, AGRICULTORES FAMILIARES E ASSENTADOS DA REFORMA AGRÁRIA SÃO FINALISTAS DO PRÊMIO FBB



Seis projetos desenvolvidos em prol destes públicos são finalistas do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2013. Além de serem reconhecidas como “tecnologia social”, as iniciativas poderão receber até R$ 80 mil

A Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT) foi instituída, em 2007, por meio do Decreto nº 6.040, uma ação do Governo Federal, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, com destaque no reconhecimento, fortalecimento e garantia dos seus direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos e culturais. Com esse mesmo objetivo, a Fundação BB criou, nesta 7ª Edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, a categoria “Comunidades Tradicionais, Agricultores Familiares e Assentados da Reforma Agrária”.

A categoria premia iniciativas que proporcionam a inclusão socioprodutiva desses povos, por meio do Prêmio, a Fundação BB identifica soluções que transformam efetivamente a vida de comunidades tradicionais em todo o Brasil, como é o caso das tecnologias sociais Pescando com Redes 3G, de Brasília (DF); Fundo Rotativo Solidário: Fortalecendo a Economia Solidária no Sertão Baiano, de Serrinha (BA); Conservação da Biodiversidade e Geração de Renda de Comunidade Extrativista de Jaborandi, de Parnaíba (PI); Etnomapeamento em Terras Indígenas do Acre para a Gestão Territorial e Ambiental, de Rio Branco (AC); Agrofloresta baseada na estrutura, dinâmica e biodiversidade florestal, de Barra do Turvo (SP) e Gasificador Ácido Oxálico Brasil, de Caçador (SC). Essas são as iniciativas finalistas na categoria e concorrem a prêmios que podem chegar a R$ 80 mil para aperfeiçoamento e melhoria de suas práticas. Além disso, foram certificadas e passam a compor o Banco de Tecnologias Sociais da Fundação Banco do Brasil.

ENCONTRO DISCUTIRÁ A REALIDADE DA AMAZÔNIA

Com o objetivo de refletir sobre a realidade político-social, econômica, cultural e religiosa da Amazônia brasileira, a Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB promove, de 28 a 31 de outubro, o 1º Encontro da Igreja Católica na Amazônia brasileira. O evento reunirá, em Manaus (AM), os bispos da Amazônia Legal, coordenadores de pastoral, religiosos, leigos e outros convidados. A iniciativa é uma ação da Igreja no Brasil e visa a promoção e defesa da vida dos habitantes dessa região e de sua rica biodiversidade.

Criada em abril de 2003, a Comissão Episcopal para a Amazônia é a expressão do compromisso dos bispos do Brasil, selado no pacto de apoio solidário e fraterno à Igreja na região. A Amazônia Legal é considerada a área que engloba nove estados brasileiros pertencentes à Bacia amazônica. Assim, os principais objetivos da Comissão são sensibilizar os brasileiros frente à complexa realidade da região e favorecer o despertar e o aprofundar da consciência missionária, atendendo ao apelo provindo da Igreja que se encontra na Amazônia: “Dai-nos de vossa pobreza”. Para isso, a Comissão cria e coordena projetos de solidariedade e programas afins, por meio da participação corresponsável e fraterna de todas as dioceses no Brasil.


Em 2009, durante a Assembleia Geral, a CNBB aprovou a realização da Semana Missionária para a Amazônia na última semana de outubro.

Fonte: CNBB

VOCÊ É ESPECIAL....

“ Viver é sempre dizer aos outros que eles são importantes.
Que nós os amamos, porque um dia eles se vão e ficaremos com a impressão de que não os amamos o suficiente.“
(Chico Xavier)