sábado, outubro 04, 2014

O QUE MAIS GOSTO...

O que mais gosto é ver a poesia que se reflete em seus olhos. Naquele olhar bonito,  em meio aos olhos faceiros,  que brinca de esconde esconde, com minhas ilusões. Não há verso, poema ou poesia, que consiga definir a alegria que me detém o coração,  em cada vez que meu silêncio  se depara  com o  canto da sua voz feito canção. 

O que mais gosto encontro num fim de tarde na paisagem do por do sol, que pagina minha rima preferida. Paisagem linda, que tem cor, cheiro, canto, encanto, harmonia. Paisagem que me inspira com ardor, hálito ímpar com  aroma de amor.

O que mais gosto está escrito nas entrelinhas. Gosto do seu mistério que se faz enigma para aguçar  minha curiosidade todos os dias. O enigmático me  fascina, me seduz. É meu mais louco delírio. Gosto do encontro do seu corpo no meu esbanjando calor, soltando fagulhas que faz acender  nossa mais louca liberdade.

O que mais gosto é sentir seu gozo quente, latente. Magia doida que me envolve  em seu jeito moleque, travesso, louco. Gosto do refrão dos seus sussurros,  que nina meu desejo mais intenso. E na canção dos seus devaneios sou sua flor mais bela e sua fera mais valente.

O que mais gosto é sentir o calor de sua boca roçando minha pele sem pudor. Carícia que acorda meus intentos mais indecifráveis  Gosto da maresia que vem no aroma do seu perfume exalando fragrância e sedução, viciando meus poros  na brisa gostosa da sua presença.

O que mais gosto é o sabor da sua boca na minha, o frenesi do seu abraço em meus braços, a calmaria das suas palavras em meus ouvidos. O que mais gosto é o vendaval ardente do seu  êxtase. Chama quente,  que me  aquece a pele nesse vulcão acesso em plena erupção, dentro de você. Enfim, o que mais gosto é ver seu rosto saciado, seu corpo suado, banhado de  alegria e prazer...



Socorro Carvalho

“ PODER” MESQUINHO DE UMA “ DEMOCRACIA” IMPOTENTE...

Que “ poder” é esse que subestima a cidadania, nas entrelinhas de uma “ liderança” inoperante, “louca”, inconsequente.” Fulanas e fulanos” embebidos  numa realidade que maltrata e cala pela opressão. Na mesquinhez instalada,  num desajuste absoluto a naufragar-se  completamente no vazio da inconsequência. São eles, homens insanos, caricaturados de governantes. Enquanto na plateia da existência, mulheres e homens, sentados e desrespeitados, assistem tudo passivamente. No circo armado, o picadeiro está lotado de “palhaços”,  disfarçados de ternos engomados. A plateia  dividida, indecisa, se aglomera entre protestos e   aplausos, sem importa-se com o enredo e contexto do espetáculo. Abomino tudo. Sinto-me transtornada. Diante da alegoria, uma galera sem noção, a depositar  na urna  a ignorância em sua mais completa exatidão. A justiça de olhos fechados nem sequer percebe os injustiçados. No alarido do inconformismo,  vozes que se calam num medo que camufla  uma falsa liberdade. De repente, a voz precisa ser calada. Vaquinhas de presépio contemplam ideologias alheias e vangloriam-se de um “conhecimento” absoluto e sem precedência. Do meu canto, arredia, aprecio  tudo calada, mas inconformada.  Conforme diz um dos grandes poetas contemporâneos, Cazuza “ ...que País é esse”? E eu eu digo: _ Que Estado é este? ( O Pará) Quem sabe? Que cidadão e  cidadã é esse, é essa que  imerge –se nesse mar devastado, sucateado por  falsas ideias?    O palco continua armado em ruas e praças, os espectadores são muitos. O resultado são  consciências corrompidas. Grande parte da juventude alienada pela tecnologia, nem ao menos sabe o que é democracia, e diante do “poder” mesquinho de uma democracia impotente, são presas fáceis do sistema. A hora é agora de dizer NÃO às feras soltas  mimetizadas de “santos” e “santinhas”... Putz!!! Eu quero Dilma.


Socorro Carvalho