Foto: Nilson Pinto |
O sol, cansado de um dia intenso,
vai descansar calmamente sobre a linha do horizonte. Exausto na sua batalha
quotidiana, cede lugar à noite, reino mágico e obscuro, onde a Lua, rainha, o
substituirá magistralmente.
O céu enche-se de um laranja
avermelhado, como se ali tivesse tido lugar uma batalha sangrenta, a batalha do
dia-a-dia, em que o sobrevivente, ferido, se retira para voltar num outro dia,
recuperado para rasgar as trevas e começar de novo.
Encontro-me num lugar
privilegiado, a contemplar estas mutações que, de tão frequentes, muitas vezes
acontecem sem que nos apercebamos da sua beleza, como quase tudo o que nos
rodeia.
Há tanta coisa bela nos fenômenos
naturais, que acontecem a cada segundo e nem olhamos para eles, porque de tão
frequentes, se tornaram “invisíveis”.
Não sabemos o que perdemos por
não contemplar as pequenas coisas de que o nosso mundo é feito. A beleza, está
nas coisas pequenas e simples, como a gota de orvalho que pende da folha de uma
flor, e que na sua queda ao abismo, converte a luz do sol, num arco-íris de
cores. A beleza de hoje, está neste fantástico pôr-do-sol, que me enche os
olhos, que me acarinha e conforta a alma, por saber que amanhã, aquele sol estará
de novo de volta para me aquecer o corpo e iluminar o espírito.
Texto: Jorginho Gomes
Postagem "emprestada" da página do Nilson Vieira.Li o texto e gostei bastante. Então, resolvi postar em meu blog para compartilhar com meus leitores e leitoras... Boa leitura!!
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